Acidulante

Peter Molyneux, desenvolvedor de jogos revolucionários nos últimos anos (como a série Fable e o protótipo a ser usado no Project Natal, Milo) traz novamente seus comentários normalmente ácidos e polêmicos. Desta vez, no entanto, foram razoáveis e até concordo com ele neste quesito.
Ele escolheu 5 jogos que revolucionaram o mundo dos games nas últimas duas décadas:

• Dune II (Real-Time Strategy) – DOS: O único da lista que eu não joguei, Dune II inovou o conceito de RTS, sendo o primeiro a dar foco total no mouse como interface de input. Sua GUI e estilo de jogo também foi reutilizado inúmeras vezes em RTS atuais, como os vários Command & Conquer, que trazem uma interface muito similar.
• Super Mario 64 (3D Platformer) – Nintendo 64: Molyneux o caracterizou como ‘o real percussor dos jogos como GTA, por sua liberdade de escolhas em um ambiente aberto’. De fato, Super Mario 64 podia ser jogado de vários modos diferentes, por rotas diferentes e cada mundo era enorme, possibilitando muitas escolhas.
• Tomb Raider (Action/3D Platformer) – PC/Playstation/Sega Saturn: Como o próprio Molyneux disse e faço delas minhas palavras: Um dos primeiros jogos a trazer uma heroína sexy, curvilínea e ‘frágil’, ao invés dos heróis musculosos e brutos. Hoje em dia, sabemos que o Fanservice é comum em jogos com heroínas.
• Halo (First-Person Shooter) – PC/XBOX: Apesar dos inúmeros FPS que existiram antes de Halo, a Microsoft fez um ótimo trabalho no port para os consoles. A facilidade de jogar, mas precisando de habilidade e perspicácia fizeram de Halo um grande sucesso. O sucesso foi tamanho que Halo 2 só saiu para PC mais de um ano depois dos consoles, e Halo 3 não vai sair para PC. Outros shooters estão sofrendo as mesmas consequências (como Gears of War 2). Se isto foi revolucionário, infelizmente os PC gamers discordam.
• World of Warcraft (MMORPG) – PC: O primeiro MMORPG a ter 10 e 20 milhões de assinantes pode ter revolucionado, mas dificilmente foi original. Usando fórmulas de vários MMORPGs que haviam antes dele, a Blizzard conseguiu, tendo uma história sólida de longa data e, como Molyneux disse, ‘mantendo a cenoura na frente mas fora do alcance do jogador’, viciar milhões de jogadores em raids ininterruptas. Quase um emprego, algumas das guildas mais ‘sérias’ pedem dedicação de 12h por dia para o jogo.